quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Entre furos e cordas


Ele, uma doce flauta.

Ela, um violão esgarçado.


Ele conhecia perfeitamente os seus umbigos

Ela sabia do vibrar dos seus cabelos, mas não os reconhecia


Ele sorria leve e grande

Ela suspirava tristonha e pesadamente


Ele agradava a todos

Ela desagradava à maioria


Ele tinha notas suaves e alegres

Ela possuía composições de ferir tímpano e coração


Ele era aclamado em concertos

Ela era difamada nos consertos


Ele, por um tombo, entortou

Ela já nascera desalinhada


Ele a viu e sorriu

Ela baixou o tom e a guarda


Ele aproximou-se sem demora

Ela fingiu não ver, mas deu bola


Ele se fez nota

Ela seguiu a rota


Ele compôs

Ela se impôs


Eles criaram belos acordes

Filhos e netos fortes


E ecoaram no universo

Assim como nesses versos!

2 comentários:

  1. Apesar de não enteder muitoo, mais a pobre da flauta... ¬¬

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  2. Tu sabe que eu sou tua fã, dizer q ta mara nao vai ser novidade =D
    ps: adorei a new estrutura =x
    ps2: posta aquele soneto, ta perfeito

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