domingo, 26 de julho de 2009

A invariabilidade dominical



As horas seguem vagarosas, como se impondo a absorção de cada instante desse tantos tristes, os quais se repetem com uma freqüência assustadora no domingo. Se o sol impera o dia todo, sente se impregnado um estado febril em todos os seres sobre a terra; se chove acentua o estado sombrio da alma, provocando uma depressão sem precedentes ao longo da semana. Buscamos uma fuga, ligamos a TV... nada, internet... nada, som... nada, companhias... vagas, livros... densos, quem sabe um cochilo? É, não resolve, mas faz com que o tempo passe sem que tenhamos o tédio como companhia, e ainda se tivermos sorte conseguimos sonhar.


Mas o que são sonhos diante da angustiante certeza de que, aconteça o que acontecer, amanhã será segunda-feira, o dia mundial da preguiça, quando todos se tornam intoleráveis, quando a própria vida se torna intolerável!? De seres introspectivos e frágeis que o domingo nos torna, passamos a ferras indomáveis que esbanjam estresse tipicamente segundesco.


Até escrever, que é um dos hobbys preferidos, se torna cansativo...


E eis que olho o relógio no canto desse quadrado e é chegada a hora de dormir. Meu coração aos pulos exclama: - Obrigado, meu Deus, menos um domingo!

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