quarta-feira, 22 de julho de 2009

Desfazer Patético

A noite assoma no horizonte, nos meus olhos, na minha mente. Pronta, estou pronta para o labor. Do meu mundo ouço ruídos, ou melhor, gritos de pensamentos que fervilham... Estão cá guardados, amordaçados, buscando um corpo que a mão não consegue delimitar. Luto contra essa deficiência, mas nada adianta. O belo, o feio, o trágico, o poético... Patético? É patético fazer apenas alusões quando se tem milhares de formulações. A pedra continua no meio do caminho, se ele que é ele não conseguiu tirar eu é que não vou tentar. Mas busco ainda as palavras certas e já começo a vê-las, e descobrir que incertos são os pensamentos. Agora a luta se torna mais árdua, já não é a de uma desbravadora de léxico dentro de um quadrado, e sim de uma insana criatura que tenta, sem qualquer manual, unir os cacos. Olho sedenta para eles há um estranhamento inicial, uma visão caleidoscópica e uni-los é algo que se possa chamar sem titubear de trabalho. Espera, há algo errado nos cacos. Há milhares, mas começo a percebê-los, de modo distinto, como representações, ou quem sabe apresentações, de duas naturezas antagônicas, uma libertação, outra limitação. E agora, já sem forças, confesso que já não há mais o que dizer estando entre a emoção e a razão, há apenas o que lamentar.

Um comentário:

  1. tinha q ser o "amoor da minha vidaa" escrevendo essas coisaas!!huahuahuahuah
    Perfeitinhoo!
    ;]


    BúH.!

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